O 11 de Fevereiro de 2007
Congratulamo-nos, não por ter sido a vitória do nosso voto, mas pela vitória das mulheres portuguesas no sentido da liberdade.
Foi um parto demorado e doloroso, antes feito abortar pelos «defensores da vida», quantos deles(as) inconscientes daquilo que verdadeiramente estava em causa …
São sempre os escravos, aqueles que mais dificuldades têm em reconhecer a sua própria escravatura e, por isso mesmo, em lutar contra ela.
O aborto é um mal, estamos de acordo! Mas deixamos à liberdade de cada um(a), conforme a sua situação, decidir o que de melhor tem a fazer sem nos intrometermos na sua vida.
Todo o nosso respeito também para os defensores do não, que têm agora uma oportunidade única de mostrarem aos outros a sua coerência, honestidade e entrega totais pela causa que defenderam, impedindo as mulheres de abortarem, pela criação das condições psicológicas, sociais e económicas necessárias para que cada grávida possa ter a possibilidade de criar o seu filho em condições de dignidade e desafogo, sem precisar de recorrer a medidas extremas.
Sim, este é o momento ideal para os defensores do não mostrarem a sua superioridade, a superioridade dos seus ideais. Porque é muito fácil escondermo-nos atrás de uma lei impeditiva e depois ficarmos a tratar das nossas vidinhas, de consciência tranquila porque fizemos a escolha correcta, e não nos preocuparmos mais com quem sofre uma gravidez que não pode levar até ao fim pelas mais variadas razões.
Não percam esta oportunidade, e terão o nosso eterno respeito e agradecimento, caso contrário ficaremos a suspeitar das vossas intenções.
Também a hierarquia da igreja tem aqui a sua oportunidade de defender REALMENTE a vida, se nos quiser fazer esquecer de todo, um passado de crimes contra a mesma vida. Se não a aproveitar, a sua honestidade estará em causa e não haverá teologia que a desculpe.
A responsabilidade está do vosso lado. O sim pode ter sido uma benesse para todos! Há que a saber aproveitar!
Vamos salvar todas as vidas humanas e toda a vida na terra mudando radicalmente o nosso comportamento e as nossas relações económicas?
14 Comments:
Olá meus queridos amigos! Já sabiam a minha posição a favor do não, mas cá estou eu a felicitar-vos pelo sim. A vossa última frase encerra mto do k eu poderia dizer...há k saber aproveitar, sim! com consciência, com ponderação para k ñ se banalize e ñ se venha a dar razão mais uma vez a quem (neste país) nunca vê mto proveito nas coisas que mudam. Deixo um grande beijinho e espero depois disto ainda vos ter por amigos. Mais uma vez Parabéns ao sim.
Sindarin, porque haveriamos de deixar de te dar a nossa amizade?
Do mesmo modo que tu não nos negaste a tua apesar das diferenças...
E, acredita, houve quem o fizesse! Mas mesmo esses podem contar com a nossa, sem condições.
Um beijo!
Luis
O estranho é que o sim ou o não ao aborto nunca foi referendado! O que se referendou foi se era um crime ou não!
O caminho para leis mais justas foi assim aberto!
O que votei foi o fim à opressão de actos que devem ser da livre escolha das pessoas.
Sempre defendi na minha actuação diária que as pessoas devem fazer as suas escolhas de uma forma consciente e responsável e não por medo da repressão, julgamento ou cadeia. O facto delas o não fazerem tem raízes muito profundas e começa nos pais que batem nos filhos porque estes lhes desobedecem, etc etc, casos tão bem aflorados na vossa novela/romance/história virtual/real.
Sim Portugal está de parabéns porque abriu as portas a leis cada vez mais justas, assim saibam as pessoas lutar por elas. Estão de parabéns também vocês, meus amigos, por terem feito este magnífico texto.
Beijinhos
Um sorriso às vezes é solto na lágrima vinda do céu do teu mais profundo sentir...
Mágico beijo
Olá amigos,
na minha visita apressadinha não posso deixar de vos desejar um feliz dia de S. Valentim.. que o amor vos invada a alma... Bjhs
Olá amigos;
Estou convicto de que neste momento a única resposta que todo o Português deveria ter dado a este referendo seria o "SIM".
Porquê?
Porque a lei existente não tinha interesse nenhum e não protegia nem o feto, nem a mulher, pela razão simples de que...
A mulher se abortava, estava em condições deploráveis e animicas e quem as ajudava a tomar a decisão mais correcta? ninguém!
Agora já existe a possibilidades de a mulher ter todos os apoios necessários e quantas chegarão à conclusão que não querem abortar?
Depois as que sigam em frente, não terão a justiça atras delas e mais...
Deixarão de engordar a carteira dos falsos moralistas que o que lhes interessavam eram as mulheres a chegarem aflitas e esses maus profissionais que faziam-no pelo dinheiro e sem condições mínimas de higiene...
Para finalizar...
O homem no meio disto tudo deveria ter servido de conselheiro e amigo e nunca como existindo para obrigar a mulher a fazê-lo quase como contraceptivo...
Beijo
ZezinhoMota
E um abraço ao Luis...
ZezinhoMota
Words of poetry!
Olá!
Se gostam de cinema venham visitar-nos em
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todos os dias falamos de um filme diferente
Paula e Rui Lima
Oxalá os nossos governantes saibam fazer bom uso deste resultado e já que foi sim que as mulheres possam ser sempre atendidas dentro do prazo estipulado.Infelizmente estava doente e não pude votar ....respeito e compreendo a decisão de uns e outros. Beijinho e bom fds
Subscrevo e concordo com este texto que creio foi escrito pelo Luis. o SIM venceu e espero que daqui para a frente acabe a humilhação das mulheres, que por várias razões, optem pelo aborto. A escolha não é fácil pelo contrário, mas agora podem fazê-lo em segurança, higiene e legalizado. Desconfio que os abortos clandestinos não vão acabar com este SIM, mas sei que eles vão ser bastante mais raros, e isto já é um grande ganho! Beijinho e abraço..
Parabéns pelo texto, e mais ainda pela pergunta final, beijinhos
Olá luis e Isa, amiga sempre. Bjs
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